sábado, 30 de junho de 2012

Está tudo na Cabeça, de Alastair Campbell [Opinião]


Estou fã de Alastair Campbell, e agradeço desde já a oportunidade da Bizâncio, ter-me facultado este livro para ler.
Realizado o agradecimento. Vou centrar-me, agora nos aspetos fundamentais deste romance.

Esta é uma história de um Psiquiatra, com um certo reconhecimento na sua área, devido ao seu mérito e profissionalismo.
Sturrock (o Psiquiatra) é assolado por problemas pessoais, que deixou que cristalizassem e que o levam a sentir inapto na resolução dos mesmos. Para além, dos seus problemas pessoais, é evidente que Sturrock está numa situação de Burnout na sua atividade profissional.

Na minha opinião, penso que quer os psiquiatras como os psicólogos, precisam de discutir os seus casos com os seus pares, numa tentativa de aprender com os seus colegas, salvaguardando a confidencialidade do cliente/paciente. Esta partilha entre pares funcionaria como uma catarse, prevenindo e evitando o burnout do terapeuta.

Recomendo, este livro, não só a todos os amantes da psicologia e da psiquiatria, como ao público em geral.
Seria pertinente, que o público em geral se apercebesse, de que estes terapeutas não são perfeitos. E a razão, de não serem perfeitos deve-se à sua condição de “ser humano”.

Deixo-vos com a sinopse:
"Emily é a traumatizada vítima de uma queimadura grave, Arta é uma refugiada kosovar que recupera de uma violação, David Temple sofre de depressão há demasiado tempo, e o ministro Ralph Hall vive com pânico de que o seu alcoolismo seja descoberto. Todos estes personagens tão diferentes têm algo em comum: são todos pacientes do professor Martin Sturrock, psiquiatra, com quem cada um deles passa uma hora, todas as semanas. Mal sabem, porém, quão doente está o professor Sturrock. Durante anos e anos o dedicado médico refugiou-se no trabalho para afugentar os seus demónios pessoais. Mas os seus fantasmas perseguem-no, a sua vida desmorona-se e a única ajuda a que pode recorrer é a de um dos seus pacientes.


O notável primeiro romance de Alastair Campbell mergulha fundo nos recantos mais obscuros da mente humana, trazendo-nos um absorvente retrato da interdependência que pode estabelecer-se entre médico e doente. Simultaneamente comédia e tragédia de vidas comuns, esta é uma obra repleta de compaixão por aqueles para quem o dia-a-dia é vivido à beira do abismo."

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