quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Opinião: "O Diário de Anne Frank" [Editora Livros do Brasil]



Este é um livro que me marcou profundamente e que alcançou as minhas expetativas enquanto leitora.

Mostra-nos um pouco da realidade da Segunda Guerra Mundial, pois creio que a dor e o sofrimento que os Judeus passaram por mais que o imaginemos, estaremos sempre longe de saber e sentir na pele a crueldade a que foram sujeitos.  Sabendo que o valor da vida (o bem mais precioso) foi colocado em causa. E com isso praticou-se atos desumanos que disseminaram dor e um sofrimento atroz. 

Apesar de tudo isto, houve segundo Anne Frank resiliência e luta pela vida. Existiu também, quem arriscasse a própria vida, para ajudar os Judeus a escaparem dos campos de concentração.

Este livro, criou-me um certa revolta por o valor da vida humana ainda nos dias de hoje, não ser de todo, devidamente valorizado. Numa sociedade em que somos apenas números, em que se congemina factos para começar-se uma guerra, com o supremo objetivo de revitalizar a economia de um determinado País e com isso proliferar o crescimento económico do mesmo. Onde se manipula informação e dá-se a conhecer aquilo que se quer, que se conheça. 

Anne Frank é uma jovem adolescente, que estava a frente do seu tempo, obrigada a crescer e amadurecer de uma forma cabal, diz-nos no seu diário: 

"Não acredito que a guerra seja simplesmente obra dos políticos e capitalistas. Oh, não, o homem comum é igualmente culpado; se assim não fosse, as pessoas e as nações há muito que se teriam rebelado! Há nas pessoas uma ânsia destrutiva, a ânsia da cólera, de assassinar e matar. E, até que toda a humanidade, sem exceções, passe por uma metamorfose, as guerras continuarão a ser travadas, e tudo o que foi cuidadosamente construído, será cortado e destruído, para depois começar tudo de novo!"

Anne Frank tinha alguns projetos de vida e sonhos. E era com base neles, que alicerçava a sua vontade de viver, nunca descurando o valor da vida. 
Apesar, de não ter sobrevivido ao holocausto, conseguiu realizar o seu sonho, o de se tornar escritora. 
O seu pai - Otto Frank - publicou em 1947 o Diário com o objetivo de dar a conhecer o sofrimento causado aos Judeus durante a Segunda Grande Guerra.  

"Mas agora estou cheia de alegria por, ao menos saber escrever. E, se não tiver talento para escrever livros ou artigos de jornal, posso sempre escrever para mim. Mas quero conseguir mais que isso. Não imagino ter de viver como a Mamã, Mrs. van Daan e todas as mulheres que fazem o seu trabalho e depois são esquecidas. Preciso de ter mais alguma coisa a que me dedicar, para além de um marido e filhos! Não quero ter vivido em vão, como a maioria das pessoas. Quero ser útil e levar prazer a todas as pessoas, mesmo aquelas que não conheci.
Quero continuar a viver depois da minha morte! E é por isso que estou tão grata a Deus por me ter dado este dom, que posso usar para me desenvolver e exprimir tudo o que está dentro de mim!"

Nos dias de hoje, o "Diário de Anne Frank" está entre os 10 livros mais lidos no mundo. 
E, tu já leste o "Diário de Anne Frank"?

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